O cansaço invade-me.
Os ombros pesam-me.
As costas doem-me.
Sinto os braços adormecidos
Pela impotência de mudar o mundo...
Pela falta de coragem de dizer que me desiludiram.
Quero gritar...
Dizer que me sinto magoada, usada!
Que me tentaram pôr a honra em risco!
Mas...
Mais uma vez sobrevivo.
Mais uma vez a minha voz diz que está tudo bem,
Tudo sem problemas...
Enquanto a minha voz mente....
Os meus olhos são sinceros.
Sinto-me perdida nesta vida em que teimo em pintar de cor de rosa.
Falsos!
Desonestos!
Eu sou humana!
Eu tenho sentimentos!
E eu sei quando estou a ser enganada!
Larguem-me!
Deixem-me viver serenamente!